terça-feira, 23 de setembro de 2008

Figuras do meu coração

Brinquei de me sentar no jardim.
Brinquei no paraíso sem fim.


Fiquei comparando coisas,
Fiquei fazendo metáforas.
Fiquei desejando te ter
E acabei fazendo anáforas.


E nesse anaforismo sem fim
Tanto te desejei para mim
Que sonhei que você chegou.
Sonhei que você sentou.


Sonhei que ao meu lado ficou.
E podes achar hiperbólico,
Meu sonho de amor eterno
Porém mesmo assim ele ocorre
Na primavera, no verão,
no outono e no inverno.


De antíteses vou vivendo
Com os extremos vou lidando.
Finjo que estou te esquecendo,
Porém, a cada dia, mais estou lembrando.


Com eufemismos fajutos
Tento acalmar meus sentidos
Entretanto, quanto mais penso,
Menos meu coração faz sentido.


E as noites infindáveis
Ligeiramente se vão.
E meus pensamentos indomáveis
Aguardam seu sim ou seu não.


Um sim que não perguntei claramente,
Por medo de ouvir um não.
Embora a vontade de saber a resposta
Não saia de minha mente
Nem abandone meu coração.

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