sexta-feira, 30 de maio de 2008

Meu coração

Entregue nas Suas mãos,
Está, Senhor, meu coração.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Decepção

O que se faz,
Quando não se confia mais?
Não se acredita na palavra,
Já não se espera mais?

Eu, que já não te espero,
Eu, que já não te quero,
Eu, que de suas atitudes já me cansei,
Eu, que já nem me lembro que te amei.

Eu que te considerava importante,
Te queria como amante,
E via em seu semblante
Um olhar reconfortante.

Hoje, não mais te quero.
Hoje, não mais te espero.
Hoje, já não me surpreende seus esquecimentos...
Hoje, a partir de hoje, já não quero mais ouvir seus lamentos.

Amanhã, será um novo dia,
E a luz que irradia,
Me encherá de alegria!

sábado, 24 de maio de 2008

Poeta

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

(Autopsicografia - Fernando Pessoa )

Só sua...

"Tenho fases de ser como a lua:
fases de ser sozinha
e fases de ser só sua..."

(Cecília Meireles)

Esqueci...

"E eu - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?"

(Mário Quintana)

Aff...

Tenho dúvidas, confusões,
Tenho sonhos, ilusões.
Acabo sofrendo decepções
Que colocam abaixo minhas emoções.

Esperar, esperar, esperar.
Não suporto isso mais.
Tempo, hora certa e tudo o mais:
Aceitar só isso não sou capaz.

Às vezes chego em um ponto,
Que, como num malvado conto,
Quero que tudo se dane,
Quero que todos se enganem,
Quero gritar aos quatro ventos
Tudo o que me vem ao pensamento,
Sua falta de atitude, de coragem,
E toda essa falsa imagem
Que você insiste em sustentar.

Há a hora do pássaro criar asa,
E por mais difícil que seja,
Afastar-se um pouco de sua casa
Para tomar decisões próprias, só suas,
Andar feliz aí, pelas ruas,
Sabendo que certa ou não
Seguiu a voz do seu coração.
Sabendo que pela primeira vez,
Entre o sim dos outros e seu talvez,
Sua voz teve altivez.



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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Palavras... apenas... Palavras... pequenas... Palavras... ao vento...

"Tenho tanto pra falar,
Nem sei por onde começar,
Palavras, coisas para dizer
Sentimentos que nem sei o que fazer."

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"Queria ser um passarinho,
Para voar, bem baixinho,
E te fazer carinho
Sempre que se sentir sozinho."

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"Estou aqui versificando
Sentimentos tão estranhos,
As mais puras confusões,
Mais inexplicáveis sensações.

Tento musificar o que sinto
Isso mesmo, fazer música do que não minto.
Mas não sei se é possível explicar
Que não deixo de te amar.

Versos, que são escritos
Originados de sentimentos que não evito
Não porque não quero evitar
E sim porque não posso parar de pensar.

Em todo lugar que transito
Não encontro um manuscrito
Que me ensine sem demora
Como fazer-te ir embora
Dessa cabeça irracional,
Desse coração sem igual,
Dos meus pensamentos mais loucos
Da minha mente, tampouco.

Já que não quer ir embora,
Manifeste-se, sem demora.
Não me faça sofrer mais,
Deixe meu coração em paz.
Aproxime-se, sem medo,
Pois juntos, enfrentaremos todos os segredos
E os problemas que sabemos vir,
Coisas que não teremos como fugir.
Sei que muitos problemas iremos encontrar
Mas você terá a minha mão
E eu a sua para nos apoiar.
Com você eu não mais medo teria,
Com você mil e uma loucuras faria.
Loucuras daquelas puras, inocentes,
Seriamos confidentes,
Amigos, sobreviventes,
Eu... e você...
Nós dois... Somente."

Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres

"Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse seu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso."

(Clarice Lispector - Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Segredos


Esquecer.
Tento te esquecer,
Porém resquícios do que passamos
Fazem-me, ao fechar, os olhos te ver.
Você, meu anjo, amigo,
Queria-te sempre comigo,
E às vezes me intrigo,
Sobre o sentimento que te instigo.

Você, a quem vejo todo dia,
Que faz de minhas noites alegria,
A meu coração, traz calmarias,
E afasta de mim qualquer melancolia.

Você, a quem não me atrevo a pensar,
E embora mil voltas possa dar,
É ao seu lado que prefiro ficar.
Você, com quem passaria anos e anos conversando,
Com que os minutos passam voando,
A quem digo verdades brincando,
E a quem, sem perceber, acabei amando.

Você, meu querido amigo,
Tudo isso que te digo,
São segredos que sempre guardei comigo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

É...

Meu quarto está assim:
Bagunçado.
Meu coração está assim:
Abandonado.

Olho daqui a lua:
Só, ela também está.
Olha pra minha rua:
Pouquissima gente há.

Pegue, também, ó lua, minha solidão.
Ou troque-a comigo,
Por nada mais, nada menos, que paixão.

O que devo ouvir,
A razão ou a emoção?
A voz mais sábia,
Ou a do coração?

Mi español nada perfeito

Mi corazón te llama
Mas usted no me escucha.
No comprende mis palabras
No entende mis lamentos.

Quizas, te falta querer.
Quizas, te falta coraje.
Quizas, te falta amor.
Quizas, te falta amarme.

Quiero hablarte
Todo lo que siento.
Tu robaste de mi
Todo mi pensamiento.

Usted transformou mi vida
En un cuento de hadas.
Pero em mi cuento,
Quien necessita de ayuda es la hada.

Ayudáme!
Ven ser mi angél.
Me enlace en tus brazos.
Llename de abrazos.

Quiero tus besos,
Que hoy son mis sueños.
Mi corazón tu robaste
Y entonces marchastes.

Quiero tenerte a mi lado,
Besarte los labios
Quedarme siempre a tu lado.

No quiero mas esperar
.Los momentos buenos,
Quiero recordar.
Tu falta,
Quiero olvidar.

Tus ojos,
Hoy y siempre quiero mirar.
Tu presença,
Hoy y siempre quiero encontrarte.
Usted:
Hoy y siempre voy amarte.


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By Mariana Camargo.. :D

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Balbúrdias

E que saiam de mim pensamentos,
Que saiam as mágoas,
Que saiam tormentos.

Que cheque até mim a alegria,
Toda a luz
Que o sol irradia.

Saia, insatisfação!
Deixe de estar presente em meu coração
Mágoa, ódio ou rancor
Obstáculos que preciso transpor.

Saia, confusão!!
Deixe-me decidir, então...
O que quero?
O que espero?

Quero cantar,
Rir, me esbaldar.
Quero sonhar,
Viver, me encantar.

Espero te ter,
Te beijar, te abraçar.
Espero em breve,
Muito breve, TE encontrar.


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Quem eu sonho
Ainda não tem rosto.
Quem espero
Ainda não venero.
Quem eu amo
Ainda não encontrei.
Mas... em um dia desses
TE ACHEI.

Dê vida ao meu amor.
E à minha vida,
Dê mais sabor.

Esperanças, dê aos meus sonhos.
E que meus sonhos
Tornem os seus mais risonhos.

É isso que quero.
É você quem espero.
E com um voto sincero
Minhas antigas idéias reconsidero.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Desejos...

"Quero tanto dizer,
Que só penso em você,
Mas a minha timidez não deixa."

Queria poder te abraçar,
Contigo poder contar,
Ao seu lado sempre estar,
E sempre nos meus sonhos te encontrar.

Queria o sonho, em realidade transformar,
O seu nome, no caderno sublinhar.
Seus defeitos com uma borracha apagar,
E todas as qualidades, com carinho, valorizar.

Queria a noite toda valsar,
E com a música, nos encantar,
O belo apreciar,
E lindos caminhos trilhar.

Queria com você recomeçar
A belos sonhos sonhar.
E no seu olhar, encontrar,
O que a tempos estou a procurar.

Queria não,
Eu quero.
A vida é o presente,
É o hoje!

Viver o momento,
Isso sim eu espero!
Ter você ao meu lado:
É só isso que quero.

Esperança

Esperança.
Palavra bonita.
E agora, na rua,
Pouquissíma gente transita.

Tenho sonhos,
Vontades, desejos.
No entanto,
A felicidade é o que mais almejo.

No ano passado,
Alguém conheci.
E com ele ao meu lado
De todos problemas me esqueci.

Queria que ele soubesse assim:
De um jeito inusitado,
O quanto sua presença
Torna o meu mundo encantado!

Se, no entanto, esquecer
Ou essas palavras não poder dizer
Espero que me compreenda.
Porém, se eu não resistir,
E você tudo isso ouvir:
Espero que não se surpreenda.

São as palavras mais sinceras,
Que, há quase duas primaveras,
Meu coração, silenciosamente vocifera.

Palavras do coração,
Munidas da mais pura emoção.
Feitas para te encantar:
E, juntos, podermos sonhar!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Indicação de Leitura: "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector

Quem desejar, pode baixar o áudio, do programa Prosa e Verso, da Rádio Senado, aqui ou --> http://www.senado.gov.br/sf/senado/ilb/audio/Prosa_e_verso/PG0044-Prosa_e_Verso-Clarice_Lispector_05_e_06-11.mp3

Vale a Pena!

"Perdoando Deus"

Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre. E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos. Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais. Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar - não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele - mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação. ... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escadalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe. in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

Indicação de Leitura: Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei (Paulo Coelho)

"Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei. Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças..."

..."E no amor não existem regras. Podemos tentar seguir manuais, controlar o coração, ter uma etratégia de compostamento - mas tudo isso é bobagem. O coração decide, e o que ele decidir é o que vale."

" Durante anos eu lutara contra meu coração, porque tinha medo da tristeza, do sofrimento, do abandono. Sempre soubera que o verdadeiro amor está acima de tudo isto, e que era melhor morrer do que deixar de amar. Mas achava que apenas os outros tinham coragem. E agora, neste momento, descobria que também era capaz. Mesmo que significasse partida, solidão, tristeza, o amor valia cada centavo do seu preço. "


Alguém

E meu coração está aqui.
À espera do novo,
Do impensado.

À espera de alguém,
De um apaixonado;

De uma mão para me apoiar,
De um alguém com quem me sentar,
Alguém a quem eu possa contar...
E possa aproveitar
Todas as delícias do amar!

Alguém, nesse mundo, diferente:
Alguém que também não esteja contente,
Com a impureza e a maldição
Que de todos, nos assola o coração.

Alguém que passe
E não finja que não viu,
Que em quase todo o caminho
A bondade se esvairiu.

Alguém para caminhar,
Para amar,
Alguém com quem possa me perder...
Para poder ME ENCONTRAR!

Oras...

E o que fazer
Quando o passado
Volta a assolar nossos pensamentos?

O que fazer
Quando nossas certezas de esquecimentos,
Passam a não ser mais tão certas assim?

Repensar, ou esquecer?
Não lembrar, ou te dizer?
Voltar, ou não mais aparecer?
Te abraçar, ou de tudo me esquecer?

Perguntar?
É em vão.
Orgulho?
É claro que não.

O que sinto?
Não tem explicação.
Quer saber?
Pergunte ao meu coração.

Mas pergunte assim:
Exigindo explicação,
E aí, quem sabe,
Chegaremos, juntos à alguma conclusão.

Se o mais certo for me afastar
Disso, a natureza se encarregará.
Mas se o certo for me aproximar
Tenha certeza, quem em seus braços, em breve me encontrará!